Revisitando os contos de fadas
Os contos de fadas tradicionais investem no simbólico e estão ligados aos aspectos psíquicos. Sugiro fortemente a leitura de " Psicanálise dos contos de Fadas", de Bruno Bettelhein, para compreenderem como isso se dá.
Na contemporaneidade, os contos de fadas foram reescritos de várias maneiras e essas releituras desconstroem
padrões e estereótipos, abordando pelo ângulo crítico as questões de gênero, sexualidade, poder, etc.
Na LIJ brasileira, os anos 70/80 foram pródigos em textos que fazem refletir ideologicamente sobre a sociedade atual, a partir da reescrita crítica de histórias da tradição. Há também filmes que operam a crítica a partir da intertextualidade, como Shreck, por exemplo.
Outra vertente de reescritas aprofunda aspectos identitários e psíquicos, como os contos de Marina Colasanti, em Doze reis e a moça no labirinto do vento"( ver http://globaleditora.com.br/wp-content/uploads/2017/01/Doze-Reis-e-a-Moca-no-Labirinto-do-Vento-075.pdf)
Como fundamentação para as oficinas, um livro de referência é "Gramática da Fantasia", em que Gianni Rodari apresenta propostas de reinvenção dos contos de fadas, como no capítulo " Chapeuzinho vermelho no helicóptero"
Sugestão para oficina
Tema: Medos
Livro - Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque
- Resgatar a história de chapeuzinho vermelho - vejam versões abaixo.
Versões de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm
Obs - Se eles não conhecerem, podem ler ou contar as duas versões e depois comparar os finais.
Ver o vídeo que narra "Chapeuzinho Amarelo"
Discutir a história
Falar dos medos, desenhar os medos, colocar os medos em uma caixa de medos e fechar.
Pensar juntos o que querem fazer com a caixa.
Pensar como desconstruir os medos usando a linguagem, como acontece no livro.
Para saber mais sobre as versões de Chapeuzinho Vermelho:


